O povo Apyãwa, das aldeias Tapi’itãwa, Akara’ytãwa, Myryxitãwa, Tapi’itãwa, Tapiparanytãwa, Towajaatãwa, Xapi’ikeatãwa, Wiriaotãwa da Terra Indígena Urubu Branco, discutiram durante o I Seminário de Política Lingüística do Povo Apyãwa, a valorização e o fortalecimento do uso da língua materna. Nos debates contextualizaram a situação dos diferentes idiomas no mundo e a ameaça das línguas indígenas diante da presença da língua portuguesa no Brasil.
O encontro promovido pela Escola Indígena Tapi’itãwa, no município de Confresa, foi realizado durante dois dias (17 e 18/05), tendo como mentor o diretor da escola Nivaldo Korira’i Tapirapé. O encontro teve participação do povo com manifestação expressiva do indígenas idosos sobre importância histórica da língua como garantia para a manutenção da memória viva do povo Tapirapé.
Durante o seminário os professores que trabalham a criação de novos vocábulos, a partir da pesquisa do professor Josimar Xawapareymi Tapirapé, apresentaram os resultados práticos das salas de aula. O professor Josimar Tapirapé, aproveitou o encontro e colocou várias palavras para apreciação em assembléia/convenção. Os participantes puderam manifestar opiniões concordando e sugerindo outras propostas para palavras que dão nome a objetos que não existiam no cotidiano das aldeias (geladeira, computador, entre outras). O debate resultou na criação de 300 palavras.
“A nossa língua deve se manter sempre viva, para nossos filhos e netos continuarem sempre falando ela”, afirmou o diretor Nivaldo Korira’i Tapirapé. O evento foi tão bem sucedido que os organizadores planejam outro para breve. (colaborou a direção da escola)
Edição: Nivaldo Korira’i Tapirapé , Agenora e Cida
Fotos: Nivaldo Korira’i Tapirapé
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