quinta-feira, 20 de maio de 2010

Escola Indígena reúne povo Apyãwa para debater preservação da língua

O povo Apyãwa, das aldeias Tapi’itãwa, Akara’ytãwa, Myryxitãwa, Tapi’itãwa, Tapiparanytãwa, Towajaatãwa, Xapi’ikeatãwa, Wiriaotãwa da Terra Indígena Urubu Branco, discutiram durante o I Seminário de Política Lingüística do Povo Apyãwa, a valorização e o fortalecimento do uso da língua materna. Nos debates contextualizaram a situação dos diferentes idiomas no mundo e a ameaça das línguas indígenas diante da presença da língua portuguesa no Brasil.

O encontro promovido pela Escola Indígena Tapi’itãwa, no município de Confresa, foi realizado durante dois dias (17 e 18/05), tendo como mentor o diretor da escola Nivaldo Korira’i Tapirapé. O encontro teve participação do povo com manifestação expressiva do indígenas idosos sobre importância histórica da língua como garantia para a manutenção da memória viva do povo Tapirapé.

Durante o seminário os professores que trabalham a criação de novos vocábulos, a partir da pesquisa do professor Josimar Xawapareymi Tapirapé, apresentaram os resultados práticos das salas de aula. O professor Josimar Tapirapé, aproveitou o encontro e colocou várias palavras para apreciação em assembléia/convenção. Os participantes puderam manifestar opiniões concordando e sugerindo outras propostas para palavras que dão nome a objetos que não existiam no cotidiano das aldeias (geladeira, computador, entre outras). O debate resultou na criação de 300 palavras.

“A nossa língua deve se manter sempre viva, para nossos filhos e netos continuarem sempre falando ela”, afirmou o diretor Nivaldo Korira’i Tapirapé. O evento foi tão bem sucedido que os organizadores planejam outro para breve. (colaborou a direção da escola)
Edição: Nivaldo Korira’i Tapirapé , Agenora e Cida
Fotos: Nivaldo Korira’i Tapirapé


2ª NOITE CULTURAL DO CEJA/ CONFRESA

No dia 15 de Maio (sábado) de 2010, aconteceu no CEJA (Centro Educacional de Jovens e Adultos de Confresa), a 2ª Noite Cultural com o tema "Conhecendo a Etnia Tapirapé e comemoração do Dias das Mães", onde aconteceram várias apresentações com o povo Tapirapé e alunos representando a cultura indígena. A noite foi enriquecida com danças, pinturas, músicas, poemas e comidas típicas. O CEFAPRO se fez presente no evento cultural para prestigiar os trabalhos desenvolvidos pela escola, visto que a questão indígena faz parte da "Diversidade" a qual é tema de um projeto que está sendo desenvolvido pelos professores de Ciências Humanas e Sociais do CEJA. Esse projeto tem como objetivos:
* Realizar intercâmbio entre escolas indígenas e não indígenas;
*Conhecer e compreender a cultura Indígena da etnia Tapirapé da aldeia "Urubu Branco" na escola TAPI' ITAWA.
O evento contou com a presença relevante do povo TAPIRAPÉ e da comunidade escolar de Confresa. A direção coordenação, professores, alunos e funcionários do CEJA estão de parabéns pela organização e beleza do evento.
fotos do evento

Edição: Amanda Moraes
Fotos: Margarete Bonora e Nivaldo Korira'i Tapirapé

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Educador nota 10

Período de inscrições para as duas categorias é de 11 de junho a 11 de julho de 2010.
As inscrições devem ser feitas exclusivamente via internet. Os participantes deverão preencher a FICHA DE INSCRIÇÃO e anexar o projeto escrito no site www.fvc.org.br A inscrição está aberta para experiências escolares que possam ser comprovadas e tenham sido realizadas e concluídas entre fevereiro de 2009 e junho de 2010, sendo que cada participante só pode inscrever um trabalho.Art.
O trabalho, mesmo que desenvolvido em grupo, deve ser inscrito no nome de apenas um(a) educador(a). No caso de experiências coletivas, devem ser mencionados os demais participantes.Parágrafo Único A FVC premiará somente o(a) educador(a) em nome do(a) qual o trabalho foi inscrito, não se responsabilizando pela divisão do prêmio entre os demais integrantes do grupo. Somente o(a) inscrito(a) participará da festa de entrega do prêmio e dos eventos promovidos pela FVC.

Conheça o regulamento 2010

Escola: o melhor lugar para formar o professor

Repotagem da Revista Nova Escola
A capacitação da equipe também se faz na própria escola, pois é ali que se tem contato com as reais dificuldades da sala de aula

Muitos são os fatores responsáveis pelo surgimento de um verdadeiro mestre, mas um é o mais importante: o aluno. Antes do contato com ele, podemos ser estudantes, intelectuais, conhecedores de conteúdos, pesquisadores etc., mas ainda não somos professores. É ele que desperta em nós o desejo de ensinar - e não apenas nossos sonhos, títulos, concursos ou projetos. Eu sempre percebo - e cada um de vocês certamente também - que os estudantes nos fazem melhores quando saímos de uma sala com a sensação de que construímos uma boa aula juntos. Algumas vezes, deixamos uma classe com a certeza de que tudo correu bem e em outra temos a impressão de que nada funcionou, mesmo tendo dado - praticamente - a mesma aula. Por quê? Porque é a turma que está ali na nossa frente que nos constrói. O aluno nos desloca e provoca ao colocar desafios que nenhum professor nos trouxe na faculdade nem na pós-graduação. Depois do contato com jovens questionadores, sentimos que somos melhores do que após enfrentar grupos sonolentos, indiferentes ou cínicos em relação ao nosso trabalho. Sendo assim, o primeiro lugar que nos permite ser professores e que nos faz nascer como tal é justamente a escola. Estão certos os diretores e os responsáveis pelas políticas públicas que reconhecem isso e reservam na rotina escolar um tempo destinado única e exclusivamente para a formação de professores. Contudo, não basta apenas reservar um espaço na agenda coletiva. É preciso dar condições ao formador - papel sob responsabilidade do coordenador pedagógico - de colher subsídios com a equipe docente para planejar a formação e avaliar os resultados dessa iniciativa na e para a escola, como mostra a reportagem de capa da edição de abril/maio de NOVA ESCOLA GESTÃO ESCOLAR.
Fernando José de AlmeidaÉ filósofo, docente da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e vice-presidente da TV Cultura - Fundação Padre Anchieta.