quarta-feira, 13 de abril de 2011

Mais baratos, tablets brasileiros devem brigar por mercado educacional

  • Alunos e professores já começam a usar equipamento no Brasil

  • IG
    Por trás do investimento chinês no Brasil anunciado hoje, terceiro maior já feito no País por uma única empresa, está um enorme potencial de adoção de tablets no sistema educacional, público e privado. No mês passado, por exemplo, o grupo Estácio, com mais de 200 mil estudantes, fechou acordo com a Semp Toshiba para importar em caráter experimental 6 mil tablets. Inicialmente, professores e alunos dos cursos de direito, gastronomia e hotelaria, receberão o equipamento – a Estácio quer substituir todo o material impresso por programas eletrônicos
    Atualmente, o governo brasileiro tem em curso uma consulta pública para desonerar de IPI a produção desses tablets, assim como ocorre para os microcomputadores produzidos no Brasil. Nas contas do Ministério das Comunicações, se essa consulta pública se tornar norma, a desoneração fará o preço final dos aparelhos cair em 30%.
    A Positivo Informática, uma das principais fornecedoras de computadores para programas do Ministério da Educação, com equipamentos da marca em cerca de 11.800 escolas públicas, deve lançar um tablet no segundo semestre. A empresa, que possui capital aberto, encontra-se em “período de silêncio” e não confirma a data do lançamento, nem se pronuncia sobre os fatos recentes nesse mercado, até o dia 20 de abril.

    Nos EUA, a Intel anunciou, também hoje, um investimento de US$ 20 milhões na Kno.inc, uma empresa de software educacional, para ampliar a inovação no mercado de tablets para serem usados em educação. “O crescente consumo de conteúdo digital tem criado uma empolgante oportunidade para que a inovação tecnológica mude fundamentalmente a maneira com a qual 1.4 bilhões de estudantes aprendem em todo o mundo”, declarou, em nota, Arvind Sodhani, presidente da Intel Capital e vice-presidente executivo da Intel.
    Em dezembro do ano passado, como parte de um programa piloto, a Escola de Ensino Médio Roslyn, em Long Island (EUA), entregou 47 iPads – o tablet da Apple – para alunos e professores de duas salas de aula. O distrito escolar espera eventualmente poder fornecer iPads para todos seus 1.100 alunos.
    Enquanto isso, a educação através de vídeos online passa por uma revolução. A organização sem fins lucrativos Khan Academy, fundada por Salman Khan, já possui mais de 2.200 tutoriais gratuitos em vídeo, sobre assuntos tão diversos quanto álgebra e história antiga, que já foram vistos mais de 45 milhões de vezes, até março deste ano, no canal oficial da iniciativa. No Brasil, uma empresa que exemplifica o potencial do segmento é o Portal Educação. Com mais de 600 cursos online, seu fundador, Ricardo Nantes, foi um dos finalistas do prêmio de empreendedorismo da Ernst&YoungTerco, entregue na semana passada, em São Paulo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário