segunda-feira, 21 de novembro de 2011

CEFAPROs são destaque na revista Gestão Escolar


O coordenador pedagógico é central para o funcionamento da engrenagem
Cláudia (à esquerda), de Barra do Garças, defende o diálogo entre técnicos e  coordenadores. Foto: François Calil
TRABALHO EM PARCERIA Cláudia (à esquerda), de Barra do Garças, defende o diálogo entre técnicos e coordenadores
Os Cefapros têm auditório, biblioteca, laboratórios de informática, salas de aula e alojamento para receber os profissionais de outras cidades que vão fazer cursos. Os educadores que dão as capacitações são concursados e trabalham em regime de dedicação exclusiva - eles atuam nos centros e visitam as unidades de ensino periodicamente. "Cada escola deve assumir a formação contínua de seus professores. Por isso, oferecemos o atendimento interno, focando as demandas específicas das equipes", diz Ema Marta Dunck Cintra, superintendente de Formação dos Profissionais da Educação Básica de Mato Grosso.
Uma vez que aos núcleos externos cabe representar um auxílio extra para melhorar a prática - e não simplesmente agir como instituições emissoras de certificados, com aulas distantes das necessidades dos professores -, é essencial que o trabalho do coordenador pedagógico nas escolas seja reforçado e jamais esvaziado diante da atuação dos formadores dos centros. "O centro de capacitação tem de estar afinado com as perspectivas da equipe escolar e atuar como parceiro", afirma Cleide Terzi.

Um exemplo de articulação eficiente é o de Elisiane Tolio, coordenadora pedagógica da EE Nossa Senhora da Guia, em Barra do Garças, a 508 quilômetros de Cuiabá. A cada dois meses, ela e outros coordenadores da região recebem formação no Cefapro da cidade. Na escola, Elisiane tem o apoio de duas profissionais do centro para orientações pontuais. "Elas são atualizadas, indicam ótimos estudos e nos ajudam na revisão do nosso projeto político-pedagógico", relata. De acordo com Cláudia Marques Rocha Lima, diretora do Cefapro do município, esse diálogo é fundamental para atender às demandas da escola e fazer com que os educadores - e os alunos - avancem.

O modelo se repete nos demais Cefapros do estado. "Em cada escola, as equipes se reúnem para levantar as dificuldades nos processos de ensino e aprendizagem. Com base nesse diagnóstico e dos resultados alcançados no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o centro planeja as interferências necesárias", diz Ezemar Mourão da Silva, diretor do Cefapro de Cuiabá. Para tanto, os formadores dos centros têm garantidos os próprios momentos de estudo. As autoridades do Mato Grosso creditam a esse modelo boa parte do aumento de 36,11% nas notas do Ideb do Ensino Fundamental do estado entre 2005 e 2009.

Na falta de um centro oficial de formação, alguns grupos se reúnem com a mesma finalidade, como é o caso de seis escolas na Zona Sul de São Paulo (leia no quadro abaixo). "O importante é que haja uma rotina de aprendizagem também para os educadores", afirma José Cerchi Fusari, professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP).

para saber mais acesse Gestão Escolar

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